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A campanha Abril Azul foi criada para dar visibilidade às pessoas que vivem com Transtorno do Espectro Autista (TEA), celebrada no mesmo mês em que acontece o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, em 2 de abril, busca levar mais informações às pessoas, eliminando questões preconceituosas sobre pessoas do espectro.
A Associação de Defesa do Autismo, conhecida como Autism Speaks criou a campanha Light it Up Blue (Ilumine em azul), que incentiva as pessoas a vestirem azul durante o dia 2 de abril e a iluminarem monumentos com a luz azul, ajudando a dar destaque para o tema.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1 em cada 160 crianças vive na condição do espectro autista. Além disso, em 80% dos casos, as pessoas nascidas com autismo são meninos.
Causas ainda são desconhecidas pela ciência
O transtorno apresenta algumas complexidades e não se sabe ao certo quais as causas. O que especialistas afirmam é que o desenvolvimento de TEA aconteça através de gene responsáveis por causar a condição, ou seja, pessoas com histórico de casos de autismo na família têm mais chances de gerar filhos autistas. Outras causas, como complicações durante o parto e uso de determinados medicamentos durante a gravidez ainda são estudadas por cientistas como possíveis responsáveis por causar o autismo.
Sintomas podem ser confundidos na infância
Os sintomas variam de pessoa para pessoa e podem surgir nos primeiros meses de vida dos bebês. Alguns não fazem contato visual ou não reagem quando estão no colo de pessoas desconhecidas, também podem demorar a engatinhar, andar ou a falar as primeiras palavras. Além disso, bebês com TEA podem ficar quietos demais quando estão sozinhos.
Outros sintomas, mais perceptíveis mostram que crianças do espectro têm dificuldades de ficar em ambiente muito barulhentos, não costumam atender quando chamadas, gostam de ficar sozinhas, podem ser muito agitadas, tenham hábito de fazer movimentos repetitivos e sejam mais seletivas na hora da alimentação.
Diagnóstico requer observação e acompanhamento médico
O diagnóstico não é realizado através de exames específicos, por isso é importante que os pais observem o comportamento das crianças e busquem ajuda médica para avaliação clínica. Não existe cura para TEA, mas tratamentos psicológicos, fonoaudiológicos, terapia ocupacional e acompanhamento da rotina da criança pode contribuir para que ela desenvolva habilidades sociais e que possa adquirir independência com o passar do tempo.
Com a campanha Abril Azul, entidades que desenvolvem trabalhos com pessoas do espectro e seus familiares buscam esclarecer para sociedade questões sobre comportamento e necessidades especiais de crianças com TEA e mostram que é importante promover ambientes inclusivos, que permitam interação e convívio respeitoso com todas as pessoas.