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Um levantamento realizado recentemente pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, mostrou que o número de doadores de órgãos caiu 6,5% no primeiro semestre de 2020. Em entrevista para o Jornal da USP, o professor da Faculdade de Medicina (FM) e diretor do Serviço de Transplantes de Órgãos do Aparelho Digestivo do Hospital das Clínicas (HC) da USP, Luiz Augusto Carneiro D'Albuquerque afirma que a pandemia do novo Coronavírus provocou um efeito negativo para a prática, principalmente nas regiões norte e nordeste do país, onde as doações diminuíram até 40%.
Essa queda pode influenciar no aumento de pessoas na fila de espera por uma doação, colocando suas vidas em risco, já que um novo órgão pode ajudar a restabelecer sua saúde. A criação do Setembro Verde foi motivada pela necessidade de maior acesso à informação sobre o assunto, ajudando as pessoas a entender a importância de se declarar doador.
O que é transplante?
O transplante de órgãos pode ser a única solução para o restabelecimento da saúde de algumas pessoas. O transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão de uma pessoa doente pelo órgão ou tecido normal de um doador vivo ou falecido.
O que é morte encefálica e como é feito o diagnóstico?
Quando ocorre morte encefálica, os órgãos podem estar em boas condições para doação com a autorização da família. Ela acontece quando há a perda completa e irreversível das funções cerebrais. Para diagnosticar a morte encefálica, são solicitados médicos com capacitação específica, que seguem protocolos estabelecidos na medicina, utilizando critérios precisos e padronizados.
Como se tornar doador?
Os grupos de doadores são divididos em dois: doadores vivos e doadores falecidos. O doador vivo pode ser qualquer pessoa que se candidate a realizar doação sem que esta prejudique sua saúde. Ele pode doar para familiares órgãos como rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Para doações a não parentes é necessária autorização judicial.
Já os doadores falecidos podem ser pessoas que em vida declararam interesse em doar órgãos e, após o falecimento, a família autorizou a doação de órgãos e tecidos. Elas geralmente foram vítimas de catástrofes cerebrais como traumatismo craniano ou AVC, que podem causar a morte encefálica.
A doação não gera custos para o doador ou seus familiares, sendo um gesto de solidariedade e coletividade, que pode salvar a vida das pessoas.